sexta-feira

Circuito da Catalunha com dificuldades monetarias

Salvador Servia, novo director do circuito da Catalunha, endossou as palavras do presidente da região espanhola e reconheceu que será difícil manter o GP da Espanha em Barcelona por causa dos elevados custos. Salvador Servià e Bernie Ecclestone deverão começar em breve as negociações sobre a renovação de contrato de realização do GP da Espanha em Barcelona. No início da semana, o presidente da Catalunha, Artur Mas, afirmou que por conta dos altos custos que envolvem a promoção e organização do evento, só teria condições de assegurar a corrida até 2012. Por sua vez, Servia reconheceu que será difícil negociar a permanência do autódromo no calendário na F1.

O dirigente catalão afirmou em entrevista ao diário espanhol ‘El Mundo Deportivo’ "que o contrato celebrado anteriormente entre os antigos administradores do circuito de Montmeló e a FOM, envolvem o custo de 13 milhões por ano em relação ao GP da Espanha, mas o valor duplicava até o fim do contrato em 2016".

Em entrevista ao periódico esportivo de Barcelona, Servia acendeu o sinal de alerta sobre o futuro do GP da Espanha em solo catalão. “Muitas pessoas ficaram assustadas com as palavras de Artur Mas, mas elas são realistas para o presente momento”, afirmou.


O objetivo de Servia é negociar um novo contrato com Ecclestone, mas com valores mais baixos do que o orçamento firmado pela administração anterior do circuito da Catalunha. O dirigente concorda que os altos custos pode inviabilizar financeiramente a continuidade do GP no calendário da F1 em um futuro próximo. “Se em 23 de Maio, um dia após a realização do GP, como fazemos sempre, pudermos pagar Ecclestone, teremos a corrida em 2012, com certeza. No contexto atual, em 2016, ano final do contrato, teríamos de pagar um valor exorbitante.

Salvador reconheceu a linha-dura de Bernie na mesa de negociações. Conhecido por sempre exigir mais dinheiro dos organizadores de um GP da categoria, o dirigente máximo da F1 foi advertido pelo catalão.

Não será fácil negociar com pessoas que detém o monopólio dos direitos comerciais da F1, mas estamos em tempos difíceis e Ecclestone sabe disso. Estamos fazendo o possível para manter o GP. Ecclestone, claro, vai defender seus negócios, mas nós temos bons argumentos também”, ponderou Servià. “E ele terá de levar muitos fatores em conta, além do dinheiro”, finalizou o diretor do circuito da Catalunha.

Fonte:grandepremio

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