A equipa constituída por Mário e Alexandre Andrade, Stephane Barbry e Georges Lansac venceu a 12.ª edição das 24 Horas TT Vodafone/Vila de Fronteira, regressando aos triunfos depois dos sucessos conseguidos em 2004 e 2007, mantendo ainda o domínio dos pilotos franceses na prova alentejana, com vitórias nas últimas seis edições.
A superioridade do Moncé Clio V6 começou por se manifestar logo nos treinos e prolongou-se pela corrida, ganhando logo uma vantagem considerável a partir da quarta hora de prova e traduzida por algumas voltas de avanço sobre os seus mais directos perseguidores. Rodando praticamente sem problemas de ordem mecânica, o maior susto surgiu apenas já no final da prova, quando o carro teve um princípio de incêndio num dos últimos reabastecimentos, rapidamente debelado pela assistência e sem grandes consequências técnicas.
Para o veterano Mário Andrade, este terceiro triunfo na prova alentejana «deixa-me particularmente feliz por vários motivos. Em primeiro lugar, porque é a minha quinta vitória em provas de 24 horas; depois, porque mudámos este ano de equipa mecânica e foi bom verificar que isso contribuiu para uma maior fiabilidade do nosso carro; finalmente porque esta era uma edição muito especial da prova de Fronteira, a primeira depois do desaparecimento do José Megre, pelo que este triunfo tem um sabor que não se pode dissociar da sua memória »
Na segunda posição terminaram os vencedores de 2008, os franceses Nicolas Gibon, Thierry Charbonnier, Patrick Martin e Yves Fromont, num Bowler Wildcat, que voltaram a primar pela sua extrema regularidade de andamento, tendo ascendido a esta posição no final da quarta hora e praticamente não mais a cederam até final.
Grande actuação da melhor equipa portuguesa, constituída por João Pais, João Rato, Francisco Cabral e António Pais, que terminaram no derradeiro lugar do pódio com a Mazda BT-50, um resultado que permitiu a João Pais impor-se no Desafio Elf/Mazda, que teve em Fronteira a sua última jornada. Rodando de uma forma muito conscienciosa e rápida, João Pais acabou por fechar a temporada com chave de ouro, numa performance a todos os títulos brilhante.
Da República Checa vieram Zdenek Porizek, Miroslav Zapletal e Petr Zabransky para conseguirem um excelente quarto lugar final com o imponente Hummer H3 que, apesar de alguns ligeiros problemas mecânicos, conseguiu superar com brilhantismo a dureza da prova.
A família Picard (Bruno, Morgan e Alban) levou o Subaru Forester ao quinto posto, terminando à frente de mais uma Mazda BT-50, a de Paulo e Carlos Pinto, Ricardo Cortiçadas e Pedro Marcelo, enquanto a formação constituída por Manuel Inácio, Jorge Silva, Carlos Rolla e José Cunha voltou a não ter a sorte pelo seu lado: depois de andar pelas posições do pódio, acabou por descer na geral, vítima de uma saída de pista que arrancou uma roda ao Toyota Hilux, terminando no sétimo posto.
Saliência ainda para o 11.º lugar final do regressado Santinho Mendes e para os problemas do Toyota Land Cruiser de Carlos Sousa, João Ramos, Francisco Pita e Rui Lopes, que acabou por parar ao fim de quase 13 horas, fruto de problemas de transmissão, enquanto a equipa de Pedro Lamy e António Coimbra teve alguns problemas mecânicos no Proto RMA Racing, sobretudo a nível dos cubos de rodas traseiros, terminando bastante atrasada na claasificação (25.º).
Uma nota final para Helder Oliveira que, ao terminar na 10.ª posição, garantiu a conquista do Memorial José Megre, uma iniciativa com que o ACP homenageou a figura do “pai” do todo-o-terreno nacional, falecido em Fevereiro deste ano, com o pilto de Barcelos a terminar com 318 pontos, à frente de João Pais, com 242, e Bernardo Moniz da Maia, com 216.
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