Foi a primeira vitória absoluta de um carro da Categoria GT em Portugal, depois da abertura dos regulamentos a este tipo de carros no nosso país, curiosamente no rali onde, pela primeira vez estiveram dois presentes.
Desde cedo que o piloto da Maia se colocou na frente da classificação e foi gerindo os acontecimentos à sua medida, de forma a colocar-se a salvo de qualquer percalço. No início da segunda etapa ainda moderou o andamento tendo em conta a vantagem que já tinha, mas selou a seguir o triunfo com segurança.
Mas este Rali de Vila Verde teve ainda outro vencedor, no caso, Paulo Antunes, que chegou assim ao seu terceiro triunfo no Campeonato de Portugal de Ralis 2 Litros/2 Rodas Motrizes. O piloto de Fafe reforçou a sua posição de principal favorito ao título nacional, bem como à vitória no Citroen Racing Trophy que agrupa os C2 R2 Max. A dada altura, Paulo Antunes ainda pensou em apenas defender a posição de líder do Campeonato, mas com a segunda posição ao seu alcance, optou por lutar por esse objectivo e conseguiu.
José Pedro Fontes, que estreou o Aston Martin em termos mundiais nos ralis, fez uma prova rápida, tendo em vista a sua adaptação a este novo carro. No primeiro dia, uma saída de estrada, provocou a perca de algum tempo, enquanto no segundo, com a chuva a fazer a sua aparição, o piloto do Porto optou por não arriscar.
Manuel Inácio, foi quarto classificado, mas segundo entre os concorrentes do CPR2, sofrendo ainda uma saída de estrada na segunda etapa. Mesmo assim, o piloto do Renault Clio andou o melhor que pôde e ficou a apenas 0.4s de José Pedro Fontes.
A fechar a lista dos cinco primeiros e o pódio do CPR2, ficou Carlos Matos que não conseguiu resolver os problemas com o sensor da caixa de velocidades que trouxe da primeira etapa. O piloto de S. Pedro do Sul, nestas condições, tentou não perder muito e ainda foi a tempo de ficar com a quinta posição.
No que diz respeito ao Citroen Racing Trophy, Frederico Gomes, foi o segundo, sendo sexto da geral, enquanto Armando Oliveira, foi terceiro, (8.º da geral). Na prova extra que acompanhou este rali, Manuel Ferreiro foi o vencedor.
Depois de já ter terminado a primeira etapa da Prova Extra 2 no comando, Manuel Ferreira consolidou a posição e foi o vencedor. No arranque deste segundo dia de prova, Paulo Silva não alinhou depois de um toque que lhe partiu a transmissão na Super-Especial de Vila Verde. Com isto, o espanhol Jesus Ferrero passou a ser o segundo, mas sofreu um furo logo na primeira classificativa de domingo, perdendo muito tempo e entregou a posição a Pedro Silva, que viu a possibilidade de ficar com o lugar intermédio do pódio, classificando-se na frente de José Angel Perez, outro piloto que veio do pais vizinho.
Não passou indiferente a ninguém a estreia de um Aston Martin nos Ralis pelas mãos de José Pedro Fontes e António Costa. Trata-se da segunda viatura da Categoria GT a alinhar nas provas de estrada nacionais, sendo também uma estreia em termos internacionais deste modelo oriundo da velocidade. O piloto regressou assim aos ralis com este imponente carro, considerando: “Penso que temos uma boa base. Para o pouco tempo que tenho de condução, conseguir fazer alguns tempos perto do Porsche 997 do Mex Machado, acho que é positivo e motivador”, referiu José Pedro Fontes que apontou como maior problema nesta altura: “Os amortecedores e molas adequados a ralis. Partimos para esta prova com a suspensão de velocidade, mas agora temos que trabalhar para ter amortecedores verdadeiramente de ralis. Outros problemas que senti foi o facto de ter de utilizar pneus mais estreitos atrás, com o carro a perder um pouco de tracção, bem como com a caixa de velocidades. Em resumo penso que no Rali Centro de Portugal, já teremos um melhor compromisso”. No que diz respeito àquilo que mais gostou neste Aston Martin, o piloto nem hesita em responder: “Sem dúvida que é o motor”.
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