O britânico da BrawnGP-Mercedes, que largou da "pole position" e liderou da primeira à última volta, foi totalmente dominador em Melbourne, terminando a corrida em 1:34.15,784 horas, à média de 195,776 km/h.
Button bateu por oito segundos o companheiro de equipa brasileiro para alcançar a sua segunda vitória em 10 anos da Fórmula 1 - curiosamente, os vencedores das três últimas edições do Grande Prémio da Austrália acabaram por conquistar o título mundial nesse ano.
"Não foi a minha melhor corrida, devo reconhecer, mas ganhei-a e estou a saborear", afirmou Button, admitindo ter sentido que ainda é possível melhorar o Brawn BGP 001.
Este resultado é um feito sensacional para a antiga equipa Honda, que no defeso correu o risco de extinção após, em Dezembro, o construtor japonês ter decidido deixar a Fórmula 1 devido à crise financeira internacional.
A escuderia foi, então, comprada pelo seu antigo diretor técnico, Ross Brawn, que lhe deu o nome e não desperdiçou todo o trabalho de desenvolvimento para a temporada de 2009 que a Honda já tinha realizado durante o ano passado.
"É um final de conto de fadas para uma primeira corrida. Algumas pessoas podem dizer que é uma pena a corrida ter terminado com o 'safety car' em pista, mas eu não me importo. Venci a corrida e é só isso que me interessa", disse Jenson Button.
Mas os responsáveis da equipa não ficarão descansados enquanto a Federação Internacional do Automóvel não decidir em definitivo, dentro de uma semana, as queixas da Ferrari, Red Bull e Renault sobre a legalidade dos difusores dos carros da BrawnGP, da Toyota e da Williams.
Trulli foi o terceiro a cortar a meta, mas depois viu os comissários desportivos aplicarem-lhe 25 segundos de penalização que o atiraram para o 12.º posto e permitiram a Hamilton alcançar um inesperado terceiro lugar, num fim-de-semana muito difícil para o campeão mundial.
O italiano da Toyota foi punido por ter ultrapassado o britânico quando o "safety car" estava em pista: quando a corrida já estava neutralizada, Trulli despistou-se e perdeu a posição para o piloto da McLaren-Mercedes, mas depois ultrapassou-o para recuperar o terceiro lugar.
Devido à colisão com Kubica, quando defendia o segundo lugar dos ataques do polaco, Vettel sofreu uma multa de 50.000 dólares (37.620 euros), perdendo ainda 10 lugares na grelha de partida do próximo Grande Prémio, a disputar dentro de uma semana na Malásia.
A BrawnGP-Mercedes entrou na história como a primeira escuderia a conquistar uma "dobradinha" na prova de estreia desde 1954, quando Juan Manuel Fangio e Karl Kling conseguiram o mesmo para a Mercedes-Benz no Grande Prémio de França.
Foi também a primeira vez desde 1977, quando o sul-africano Jody Scheckter ganhou com um Wolf, que uma equipa alcança a vitória no seu primeiro Grande Prémio de Fórmula 1.
A "dobradinha" não teria, no entanto, sido possível se o jovem Vettel, que rodou sempre muito perto de Button durante toda a prova, e Kubica, então terceiro, não tivessem colidido a três voltas do final.
Kubica colocou-se ao lado de Vettel e tentou a ultrapassagem, mas o alemão "fechou a porta" e acertou em cheio no flanco direito do BMW Sauber, detendo-se os dois monolugares apenas no muro da curva seguinte.
Barrichello - que caiu do segundo para o sétimo lugar na largada - subiu ao segundo posto e Trulli ao terceiro, mas o italiano ainda foi a tempo de estragar uma prova notável, para a qual saiu da linha das "boxes".
Em breves momentos, o experiente Trulli cometeu dois erros com o "safety car" em pista: primeiro despistou-se, depois ultrapassou Hamilton de forma ilegal para recuperar a posição no pódio.
Hamilton, que acabou por dar à Mercedes o monopólio no pódio no que toca a motores, somou seis pontos num fim-de-semana em que tudo lhe parecia correr mal, depois de ter largado apenas da 18.ª posição da grelha de partida, na sequência de problemas mecânicos.
Nos restantes lugares pontuáveis terminaram o alemão da Toyota Timo Glock (quarto), o espanhol da Renault Fernando Alonso (quinto), o alemão da Williams-Toyota Nico Rosberg (sexto) e os dois pilotos da Toro Rosso-Ferrari, o estreante suíço Sébastien Buemi (sétimo) e o francês Sébastien Bourdais (oitavo).
Pelo segundo ano seguido, a Ferrari abriu o campeonato sem pontos: o brasileiro Felipe Massa, vice-campeão mundial, teve problemas na direcção na 45.ª volta, quando era terceiro, e o finlandês Kimi Raikkonen, campeão em 2007, despistou-se três voltas depois.
Classificação final do GP da Austrália:
1. Jenson Button (Grã-Bretanha), Brawn-Mercedes, 1 hora 34 minutos 15,784 segundos
2. Rubens Barrichello (Brasil), Brawn-Mercedes, a 0,807 s
3. Lewis Hamilton (Grã-Bretanha), McLaren-Mercedes, 2,914 s
4. Timo Glock (Alemanha), Toyota, 4,435 s
5. Fernando Alonso (Espanha), Renault, a 4,879 s
6. Nico Rosberg (Alemanha), Williams-Toyota, a 5,722 s
7. Sébastien Buemi (Suíça), Toro Rosso-Ferrari, a 6,044 s
8. Sébastien Bourdais (França), Toro Rosso-Ferrari, a 6,298 s
9. Adrian Sutil (Alemanha), Force India-Mercedes, 6,335 s
10. Nick Heidfeld (Alemanha), BMW Sauber, a 7,085 s
11. Giancarlo Fisichella (Itália), Force India-Mercedes, a 7,374 s
12. Jarno Trulli (Itália), Toyota, a 26,604 s*
13. Mark Webber (Austrália), Red Bull-Renault, a 1 volta
14. Sebastian Vettel (Alemanha), Red Bull-Renault, a 2 voltas
15. Robert Kubica (Polónia), BMW Sauber, a 3 voltas
16. Kimi Raikkonen (Finlândia), Ferrari, a 3 voltas
*) Penalizado em 25 segundos por ultrapassar Lewis Hamilton com Safety- Car em pista
Abandonos:
Felipe Massa (Brasil), Ferrari 45 voltas, direção
Nelson Piquet Jr (Brasil), Renault, 24 voltas, despiste
Kazuki Nakajima (Japão), Williams-Toyota, 17 voltas, acidente
Heikki Kovalainen (Finlândia), McLaren-Mercedes, 1 volta, Acidente
Para ver as fotos clique no AUSTRALIAN GRAND PRIX 2009
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