domingo

Ricardo Moura estreia-se a vencer


Num começo de campeonato que não deixou saudades nem grandes expectativas para o futuro imediato, Ricardo Moura foi um descansado vencedor. Os seus dois únicos adversários "facilitaram-lhe" a vida!

O CPR teve o seu início mais uma vez pelas mãos do Targa Clube e se 2010 já não tinha tido um nível de participação brilhante, em 2011 a situação ronda a quase indigência! Mas disso não têm culpa os pilotos presentes, que deram o seu melhor mas com um tão fraco plantel, qualquer participante, desde que chegue ao final, alcança uma boa posição!

Se de início ainda foi Pedro Peres a liderar, logo na 2ª PEC o motor do EVO IX "calou-se" e logo aí ficou um dos três candidatos à vitória. Com o espanhol Senra a ainda dar um ar da sua graça - é sintomático do (baixo) nível do CPR que um piloto ande nos lugares do pódio logo no início da prova com um já vetusto 206 S1600! - mas a deitar tudo a perder com uma saída de estrada, curiosamente no mesmo local onde Pascoal (que parece ter "migrado" de Amarante para Baião!) também o tinha feito anteriormente.

A partir daí, Moura limitou-se a rodar até ao final, alcançando assim a sua primeira vitória à geral no continente. “Foi um resultado muito importante. A primeira vitória absoluta que alcancei ao nível nacional, e também a primeira vitória absoluta para a ARC Sport, o que me deixa muito feliz, por ter sido o primeiro piloto a conseguir esse resultado para a equipa. Acho que realizámos uma prova inteligente, com o carro sempre impecável. Defendemos a imagem dos Açores, uma região moderna que apoia o desporto, e isso deixa-me bastante satisfeito. Em termos futuros vamos ter de esperar, pois só iremos perceber quem são os nossos verdadeiros adversários, depois do Rali do Porto. Espero que este magnífico resultado seja um bom prenúncio para boas novidades em relação ao PWRC”, concluiu Ricardo Moura.

Uma vitória fácil para o açoriano, até porque o segundo classificado ficou a mais de 1 minuto e meio. Foi ele Paulo Antunes, inscrito à última hora com um C2 R2 Max, e que provou mais uma vez, que os carros para andarem precisam sempre de ter o "kit completo". Antunes não "passou cartão" a qualquer um dos outros concorrentes tanto do CPR2 como do Challenge Citroen, mas mesmo tratando-se de um exclente piloto,o facto de ter conseguido a segunda posição ao volante de um C2 diz muito (tudo!) sobre este CPR 2011!

No último lugar do pódio ficou Ivo Nogueira, a estrear o DS2 R3T, que teve um segundo dia mais positivo, mas que mesmo assim terminou a mais de 1 minuto de Antunes, que, recorde-se, pilotava apenas um C2.

Vítor Pascoal, mesmo com a saída de estrada, ainda conseguiu terminar em quarto, sendo seguido por Vítor Lopes que teve um regresso à competição algo cinzento ao volante do Impreza WRX da ARC Sport. Com um carro idêntico, Carlos Oliveira foi sexto e em sétimo terminou o melhor dos espanhóis, Pablo Figueroa com o Suzuki Swift de Grupo N, ficando à frente de Paulo Neto e de Hugo Mesquita, ambos nos "reluzentes" e tão aguardados DS3 R3T.

Quanto à "tábua de salvação" das organizações do CPR, a Taça de Portugal serviu apenas para "encher" programa, tal como o CRRND, sendo que na Taça o vencedor, entre os 9 classificados, foi José Ribeiro de Castreo em Subaru Impreza - caso, como achamos que devia ser, a classificação fosse conjunta, este piloto teria sido 9º classificado, intercalando-se entre os DS3 R3T. No CRRND, entre os apenas 7 concorrentes classificados, Paulo Silva, em BMW 325i, foi o vencedor.

E assim terminou a primeira prova do CPR 2011, um rali que não deixa qualquer saudade. Agora o CPR "avança" para o WRC com o Rali de Portugal. Mania das grandezas!... mas não para os pilotos, pelo que se pode ver da lista de inscritos da prova mundialista!

José Bandeira - Motores Magazine

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