terça-feira

Renato Pita segundo na Taça

Renato Pita chegou este Sábado ao final do Rali Casinos do Algarve, prova pontuável para a Taça de Portugal de Ralis onde garantiu o segundo posto da geral, e também idêntica posição no troféu, um resultado positivo em termos desportivos mas não foi suficiente para satisfazer por completo a equipa que estava ainda na luta pela vitória na Taça.
Renato Pita e Jorge Carvalho tinham a noção de que o seu desempenho com o Mitsubishi Lancer Evo VII foi muito bom, mas lamentavam não ter podido lutar pela vitória. Com uma prova próxima da perfeição sem qualquer erro a apontar, a equipa sentiu que mesmo com as fracas condições do asfalto, com o piso muito sujo e escorregadio, poderiam ter chegado mais longe mas devido a factores alheios tal não foi possível.
Renato Pita não escondeu a sua exasperação no final da prova, pois segundo o mesmo “é difícil entender porque é que a organização do rali não tomou medidas para limitar os efeitos de ter um piloto muito mais lento do que eu a partir à minha frente e que acabamos por ficar sempre atrás dele em todas as classificativas sem que o mesmo nos deixasse passar em nenhuma ocasião. Sabia-se que estávamos os dois a lutar pela vitória na Taça, e mesmo apesar de ser notório que o jogo não estava a ser limpo para connosco, permitiram que isso se prolongasse durante todo o rali o que é de todo incompreensível, para não dizer, inaceitável. A organização tinha de ter em conta que quando dois pilotos vão discutir um troféu e um deles é sempre alcançado pelo outro sem facilitar a passagem, deveriam ter pelo menos ampliado o tempo de partida entre nós, por razões óbvias, pois assim a verdade desportiva foi efectivamente posta em causa. Sei que desde o episódio passado em Mortágua que muito se disse neste meio dos ralis, mas quero demarcar-me deste tipo de questões. Fico bastante magoado por sentir que se pôs em causa a minha postura, e a honestidade de muitos outros nomes dos ralis nacionais, mas de uma coisa podem ter a certeza, se acontecesse de novo amanhã um concorrente estar numa situação de apuro e a precisar de ajuda, para mim isso vai estar sempre à frente de qualquer título ou vitória. Comecei a correr há poucos anos, e desde esse tempo que tenho pautado a minha postura pela correcção para com os meus adversários e pelo desportivismo e não vai ser agora que isso vai mudar apenas porque me tenho de bater com adversários menos correctos o que não posso deixar de lamentar, mas os actos e palavras ficam com quem as toma, estranho apenas a passividade com que algumas coisas são feitas ou são ditas e ficam impunes com as entidades competentes aparentemente a assobiarem para o lado.”
Já sobre a época de 2011 Pita afirma que “este segundo lugar na Taça sabe efectivamente a pouco, pois demonstramos na estrada que somos os mais rápidos. Nas provas em que terminámos, as vitórias foram sempre uma constante, o que é um bom indicador da nossa competitividade. Os erros e problemas corrigem-se com a evolução e a forma como encaramos a participação neste rali é mais uma demonstração do nosso valor e das pessoas que colaboram com a minha equipa. Juntamos também o Vice-campeonato no OPEN deste ano ao nosso palmarés e assim no global, só posso estar muito satisfeito, pois cumprimos os nossos objectivos traçados no início de época, com a certeza de que estamos a evoluir no bom sentido e que podemos chegar ainda muito mais longe. Quero agradecer a todos os que me apoiam, à minha família, aos meus patrocinadores, BP Ultimate, Kumho Tyres, Castrol, Bahco, Luna Hoteis, Municipio de Viana do Castelo, Cedênciamais, TW Stell, Kartódromo de Viana, Cision e Autopamplona. Gostaria também de agradecer à minha equipa, à ARC que nesta prova me prestou assistência, aos meus navegadores que estiveram comigo no Campeonato Open de Ralis e ao Jorge Carvalho que para além de um amigo foi uma peça importante nas provas da Taça de Portugal de Ralis.

Obrigado a todos e até para o ano!”

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