segunda-feira

Vettel triunfa com dificuldades no GP do Mónaco

Sebastien Vettel venceu o Grande Prémio do Mónaco, mas viu a sua vida facilitada com a interrupção da corrida já perto do final, tendo, dessa forma, podido descansar da pressão que lhe era exercida por Fernando Alonso e por Jenson Button.
O piloto alemão arrancou muito bem da pole-position, levando atrás de si Jenson Button e Fernando Alonso, que bateu Mark Webber na partida. Nas primeiras voltas o líder do campeonato atacou intensamente, conseguindo abrir uma ligeira vantagem para os seus perseguidores, o que lhe permitia respirar um pouco.
No entanto, com as primeiras paragens nas boxes, o conforto de Vettel começou a desmoronar-se. Button foi o primeiro a parar, na décima quarta volta, e adoptou uma estratégia agressiva, mantendo os pneus súper-macios, o que o obrigava a parar pelo menos mais uma vez.
Por seu lado, o alemão trocou os súper-macios que tinha usado desde início pelos macios e ao parar uma volta mais tarde, viu-se ultrapassado pelo inglês de McLaren. Alonso parou na passagem seguinte pela meta, optando também pelos pneus menos macios, o que lhe permitia, assim como a Vettel, realizar a restante corrida sem ter que passar pelas boxes.
Jenson Button era então obrigado a extrair o máximo do seu jogo de pneus, de modo a realizar a sua paragem extra sem perder a liderança.
Apesar de forçar o andamento, e de por vezes conseguir ganhar mais de um segundo aos seus perseguidores, tanto Vettel como Alonso não deixaram que o inglês conseguisse garantir os vinte e cinco segundos necessários para que pudesse manter a sua posição relativa após a sua segunda paragem nas boxes, na qual manteve os pneus súper-macios, tendo caído para o terceiro posto.
O azar acabaria por bater à porta de Button, uma vez que logo na volta seguinte (33ª) ao seu segundo pit-stop, o Safety-Car entrou em pista devido ao despiste de Felipe Massa na Túnel após uma intensa escaramuça com Lewis Hamilton.
A Ferrari reagiu muito bem à neutralização da prova, mandado parar Alonso para que pudesse trocar os seus pneus, mantendo os macios, o que lhe permitiria terminar a prova sem problemas de pneumáticos. O lugar perdido para Button acabaria por ser irrelevante, uma vez que o homem da McLaren ainda teria que parar uma vez e seria altamente improvável que conseguisse ganhar os vinte e cinco segundos necessários para parar e não perder uma posição para o espanhol.
Estávamos, portanto, numa situação em que Vettel tinha os seus Pirelli já com dezoito voltas, Alonso com borrachas frescas e Button teria ainda que parar para montar os macios, que ainda não tinha utilizado.
Começou-se então a assistir à aproximação consistente do piloto da McLaren e o da Ferrari ao Campeão do Mundo, perspectivando-se um final de corrida excitante. Button parou na quadragésima sétima volta, sendo dos três primeiros aquele que tinha pneus em melhor estado, rodava no terceiro posto, ao passo que os pneumáticos de Alonso estavam em melhores condições que os de Vettel, que prosseguia na liderança.
Face às circunstâncias, foi com naturalidade que os três primeiros se juntaram e o espanhol da Ferrari passou a ser uma ameaça constante para o homem da Red Bull, faltavam ainda vinte voltas para a bandeirada de xadrez.
Alonso mostrou-se por duas vezes a Vettel na travagem para Ste Devote, esperando-se umas derradeiras dez voltas verdadeiramente emocionantes, uma vez que Jenson Button estava também nos escapes do Ferrari do espanhol.
Contudo, quando estavam decorridas sessenta e nove voltas, Adrian Sutil, que rodava na quarta posição, partiu a suspensão traseira direita do seu Force India na aproximação ao Complexo das Piscinas, lançando o pânico entre os pilotos que o perseguiam. Alguersuari acabou por tocar em Hamilton e Petrov atirou-se para as barreiras de protecção para evitar embater no Toro Rosso. Os três primeiros foram mesmo espectadores privilegiados da situação que acabaria por definir decisivamente a prova de hoje.
Com dois carros parados no Complexo das Piscinas, a Direcção de Prova decidiu accionar o Safety-Car, mas com Petrov combalido pelo violento embate que sofreu, foi necessária a intervenção da equipa médica, o que acabou por obrigar à amostragem da bandeira vermelha.
Os pilotos dirigiram-se para a grelha de partida, onde foi permitida a troca de pneus, o que colocou um ponto final na luta entre os três primeiros, uma vez que, com borrachas novas, era impossível que se assistisse a qualquer ultrapassagem entre eles.
O reinício da prova deu-se atrás do Safety-Car, havendo apenas mais seis voltas de verdadeira competição. No entanto, Vettel, com pneus novos, não ofereceu qualquer veleidade aos seus adversários, vendo a bandeirada de xadrez com mais de um segundo de vantagem sobre Fernando Alonso. Button não pôde também atacar o espanhol terminando no terceiro posto.
No quarto lugar terminou Mark Webber que depois de uma primeira paragem nas boxes que o atrasou bastante, conseguiu suplantar Kamui Kobayashi na última volta. Contudo, mesmo antes da seu pit-stop quando perseguia os três primeiros, o australiano nunca mostrou ritmo para os acompanhar.
Kamui Kobayashi conseguiu ver a bandeirada de xadrez no quinto posto, defendendo-se bem dos ataques finais de Lewis Hamilton. O inglês teve uma corrida bastante movimentada, tendo mesmo apanhado um drive-through depois de uma tentativa de ultrapassagem muito musculada a Felipe Massa no Gancho do Grand Hotel. No seguimento desta luta, o brasileiro acabou por se despistar no Túnel, colocando um ponto final na sua prova.
Adrian Sutil, que tinha adoptado uma estratégia de apenas uma paragem, terminou num bom sétimo lugar, defendendo-se bem de Nick Heidfeld, que levou o seu Renault até à oitava posição, após uma qualificação difícil.
Rubens Barrichello ofereceu à Williams os seus primeiros pontos do ano, ao concluir a corrida no nono lugar. Pastor Maldonado parecia também bem colocado para terminar nos pontos, mas acabou fora de prova, devido a um contacto com Lewis Hamilton na travagem para Ste Devóte, estavam cumpridas sessenta e três voltas.
Sebastien Buemi garantiu o derradeiro ponto, tendo terminado colado ao Williams do piloto brasileiro.
Entretanto, Vitaly Petrov foi levado ao hospital da cidade de Monte Carlo por precaução, não tendo sido encontrada qualquer lesão.

POS PILOTO EQUIPA TEMPO/DIFERENÇA

1. Vettel Red Bull-Renault 78 voltas em 2h09:38.373
2. Alonso Ferrari + 1.138
3. Button McLaren-Mercedes + 2.378
4. Webber Red Bull-Renault + 23.100
5. Kobayashi Sauber-Ferrari + 26.900
6. Hamilton McLaren-Mercedes + 27.200
7. Sutil Force India-Mercedes + 1 volta
8. Heidfeld Renault + 1 volta
9. Barrichello Williams-Cosworth + 1 volta
10. Buemi Toro Rosso-Ferrari + 1 volta
11. Rosberg Mercedes + 1 volta
12. Di Resta Force India-Mercedes + 2 voltas
13. Trulli Lotus-Renault + 2 voltas
14. Kovalainen Lotus-Renault + 2 voltas
15. D'Ambrosio Virgin-Cosworth + 2 voltas
16. Liuzzi HRT-Cosworth + 3 voltas
17. Karthikeyan HRT-Cosworth + 3 voltas
18. Maldonado Williams-Cosworth + 5 voltas

ABANDONOS
Petrov Renault 68
Alguersuari Toro Rosso-Ferrari 68
Massa Ferrari 33
Schumacher Mercedes 33
Glock Virgin-Cosworth 31
Perez Sauber-Ferrari não alinhou
  VOLTA MAIS RÁPIDA: Webber, 1:16.234

CAMPEONATO DE PILOTOS
POS PILOTO PONTOS
1. Vettel 143
2. Hamilton 85
3. Webber 79
4. Button 76
5. Alonso 69
6. Heidfeld 29
7. Rosberg 26
8. Massa 24
9. Petrov 21
10. Kobayashi 19
11. Schumacher 14
12. Sutil 8

13. Buemi 7
14. Perez 2
15. Barrichello 2
16. Di Resta 2
CAMPEONATO DE CONSTRUTORES
POS CONSTRUTOR PONTOS
1. Red Bull-Renault 222
2. McLaren-Mercedes 161
3. Ferrari 93
4. Renault 50
5. Mercedes 40
6. Sauber-Ferrari 21
7. Force India-Mercedes 10
8. Toro Rosso-Ferrari 7
9. Williams-Cosworth 2
  Fonte: SportMotores.com por Jorge Girão

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