A morte do piloto foi considerada pelos brasileiros como uma tragédia nacional e o governo brasileiro declarou três dias de luto oficial. O governo brasileiro também lhe concedeu honras de chefe de Estado, com a característica salva de tiros. Estima-se que mais de um milhão de pessoas foram às ruas para ver o seu ídolo e render-lhe as últimas homenagens, sem contar os milhões que acompanharam pela televisão desde a chegada do avião que trouxe o seu corpo até ao Aeroporto de Guarulhos, às 5h30 da manhã.
Como nota de curiosidade Gerhard Berger, Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello e Alain Prost foram das pessoas que transportaram o caixão até ao cemitério.
A maioria dos pilotos de Fórmula 1 estiveram presentes no funeral de Senna. Porém o então presidente da FIA, Max Mosley, não compareceu, alegando que estava nos funerais de Ratzenberger no dia 7 de Maio, em Salzburgo, na Áustria. Mosley disse à imprensa, dez anos depois: "Fui a esse funeral porque todos estavam no de Senna. Achei que era importante alguém ir a esse."
Na corrida seguinte, no Mônaco, a FIA decidiu deixar vazias as duas primeiras posições na grelha de largada, e elas foram pintadas com as cores das bandeiras brasileira e austríaca, em homenagem a Senna e Ratzenberger.
A lendária curva Eau Rouge no circuito da Bélgica foi temporariamente readequada para a corrida de 1994. Na chicane foi escrita uma mensagem em homenagem a Senna.
O corpo de Senna está sepultado no jazigo 11, quadra 15, sector 7, do Cemitério do Morumbi, em São Paulo.
De acordo com a perícia, Senna perdeu o controle do carro devido à quebra da coluna de direcção do seu Williams. O documento sugere que houve negligência dos técnicos da equipa numa reparação feita na coluna de direcção. Em Novembro de 1996, a denúncia do procurador Maurizio Passarini foi acolhida pelo juiz Diego Di Marco. Frank Williams, Patrick Head, Adrian Newey, Federico Bondinelli (um dos responsáveis pela empresa que administrava o autódromo de Ímola), Giorgio Poggi (o responsável pela pista), Roland Bruinseraed (o director da prova), e o mecânico que soldou a coluna de direcção do Williams foram indiciados por homicídio culposo, por negligência e imprudência. Porém, em Dezembro de 1997, o juiz Antonio Constanzo absolveu os acusados.
Em 2004, um documentário de televisão da National Geographic chamado "A morte de Ayrton Senna" foi transmitido para o mundo inteiro. O programa considerou os dados disponíveis do carro do Senna para reconstituir a sequência de eventos que o conduziu ao acidente fatal. O programa concluiu que o longo período que o safety car permaneceu na pista fez reduzir as pressões nos pneus de Senna, baixando o carro. Com o carro mais baixo, o chassi tocou o solo, fazendo o carro saltar e tornando a direcção incontrolável. Senna teria reagido, mas, com os pneus travados, ele foi arremessado para fora da curva. O programa concluiu que se as reacções do piloto tivessem sido mais lentas, ele talvez pudesse ter sobrevivido.
Pilotos e especialistas em Fórmula 1 consideram parte dessa teoria como improvável, pois os pneus de Fórmula 1 aquecem-se até a temperatura ideal depois de percorrer apenas 2 km, meia volta no circuito de San Marino, assim na volta 7 os pneus do carro de Senna já estariam quentes.
Ayrton Senna, quando questionado de quem é ou quem foi o piloto com quem teve mais prazer de competir, aposentado ou na actividade, respondeu: “ Eu teria que voltar para 78 e 79 e 1980, quando ainda conduzia karts. Eu vim à Europa, competindo pela primeira vez fora do Brasil como companheiro de equipa de Fullerton. O nome dele era Fullerton. Ele era muito experiente. Eu gostava muito de pilotar com ele, porque ele era rápido e ele era consistente. Para mim ele era um piloto completo. E era só pilotagem, só corrida. Não havia política na época, sabe? Não tinha dinheiro envolvido. Então era corrida de verdade. E essa é uma grande lembrança para mim.”
Como resultado da sua morte, a FIA apostou no Prof. Sid Watkins para melhorar a segurança da Formula 1. Nenhuma fatalidade aconteceu na Formula 1 desde então. O Instituto Ayrton Senna (ideia que Senna pretendia concretizar), fundado pela sua irmã Viviane em 1995, já ajudou a educar mais de 1,2 milhoes de crianças carentes do Brasil.
Em dezembro de 2009 a revista inglesa Autosport publicou uma matéria onde fez uma eleição para a escolha do melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. A revista consultou 217 pilotos que passaram pela categoria, e Ayrton Senna venceu.
Por todas as gerações que entusiasmas-te e continuas a entusiasmar, ... Muito Obrigado Ayrton Senna. Os Campeões nunca morrem.
Xavier Silva
Videos de Ayrton Senna
Anuncio da Morte de Senna pela BBC
Ayrton Senna LAST LAP
Chegada do corpo de Ayrton Senna ao Brasil (Telejornal RTP Portugal 1994)
Funeral de Ayrton Senna - Globo ao Vivo
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